Olá Pessoal
Gostaria de enfatizar, inicialmente, a importância desse processo dialógico sobre um tema que nos fala tão diretamente, haja visto que, a diversidade cultural participa indiscutivelmente da cultura americana.
A partir das questões provocadoras do debate, estou tentado acreditar que o texto, embora cite a relação de poder constituída desde o projeto de colonização, ocorrido não apenas no continente americano, mas em outros continentes como África, Índia, Ásia etc., não menciona as novas formas de poder inseridas no processo de pós-colonização. Tomo como exemplo, o processo de valorização das culturas tradicionais em meados do século vinte, fato este ocorrido em consonância com a consolidação da industria cultural e do turismo. Ao citar este evento na história ocidental, também o faço para lembrar que o processo de curadoria realizado pelos museus europeus, no qual tomo o Louvre, como uma das expressões mais significativas, vem ocorrendo desde as primeiras invasões européias aos demais continentes. É importante recorrermos aos estudos sobre os museus para enfatizar o caráter pedagógico que desempenham ao organizarem cronologicamente e tipologicamente as diferentes culturas existentes.
Tomando o movimento modernista no Brasil, avaliando sua possível abertura em relação aos intelectuais brasileiros, é importante também considerarmos o momento político dessa época, neste sentido, pensarmos a importância desse movimento para a construção de uma identidade nacional, sem desconsiderarmos a sua importância épica, incluirmos a noção de intelectuais aliados à necessidade de projetar um ideal de integração nacional. O que leva, por exemplo, o samba sair de uma posição marginalizada, para um lugar de símbolo da cultura nacional? Isso, considerando as mais diversas manifestações que ocorrem no território nacional.
Finalmente, tomando como ponto de partida as considerações expostas neste comentário, penso que a confrontação desse lugar de poder das elites brancas e que se afirmam como herdeiras da cultura européia, é um ponto a ser considerado. Não podemos deixar de considerar as ameaças de hoje e que sempre estiveram presentes na desvalorização do SER dos povos colonizados. Neste sentido, a afirmação dos saberes tradicionais não pode ser considerada apenas através de uma possível essência, desconsiderando a dinâmica que vem ocorrendo. Desse modo, não caberia aos intelectuais ou promotores culturais, a palavra final sobre o que é legítimo enquanto saber ou cultura, mas aqueles que a produzem dentro de um cenário mais amplo, ou seja, na experiência direta com o que está sendo vivido e construído.
segunda-feira, 4 de junho de 2007
afirmação dos saberes tradicionais
Wagner Vinhas disse...
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Um comentário:
Obrigado por intiresnuyu iformatsiyu
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