Vamos debater
Caros
A discussão anda interessante...
Sebastian nos provocou sobre a questão dos indígenas. Quando falamos de conhecimentos tradicionais no âmbito da Convenção da Diversidade, é fundamental considerar o que o prof. José Jorge tanto pontua: como é possível dar “voz” aos mestres dos conhecimentos tradicionais, aos indígenas, quilombolas, comunidades e pessoas com dificuldades de acesso aos meios de comunicação? Além disso, o que significa esse “dar voz”?
Não basta considerar historicamente importante a cultura do outro, e desenhar políticas para este. Há que se fazer política COM o outro. Não se faz “educação para” democracia, mas “educação em” democracia. Um é conseqüência do outro e não ao contrário, como diz Rosa Maria Torres.
Só é possível educar para a diversidade se há diversidade na educação. Mas também na política, nos processos, nos diálogos.
Sendo a cultura “espaço e processo” ao mesmo tempo, vale à pena ler o comentário postado pelo Chico Simões, onde ele diz: “é necessário ampliar o conceito de democracia, de educação e de comunicação para que possamos criar as bases que irão desencadear as mudanças históricas que desejamos”. É preciso entender em que medida tantos projetos e ações de proteção e promoção da diversidade cultural na verdade colaboram para a manutenção de um status quo de desigualdades.
Também a Ivone e o Wagner partilharam reflexões, vamos discuti-las? Oriente x ocidente, valorização da cultura popular em consonância com a consolidação de uma indústria cultural e do turismo. Debates fundamentais se quisermos efetivamente propor mudanças.
Américo, sua participação é mais que bem vinda! Como citei, dar voz é também saber ouvir. Essa iniciativa do MinC só é válida se vocês participam conosco!
Abraços
Marcela Bertelli
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