segunda-feira, 4 de junho de 2007
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Esta oficina debaterá os caminhos da democratização cultural dos povos brasileiros e iberoamericanos. Serão discutidos o acesso e a participação da sociedade civil na promoção dos conhecimentos tradicionais gerados e preservados pelas comunidades e grupos étnicos dos nossos países. A referência para a Oficina será a Convenção da UNESCO sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais, que toca, em vários dos seus artigos, o tema das expressões culturais tradicionais.
José Jorge de Carvalho (curador) ::
Possui estudos de graduação em Composição e Regência pela Universidade de Brasília (1973); especialização em Etnomusicologia pelo Instituto Interamericano de Etnomusicología y Folklore - OEA/CONAC da Venezuela; Master of Arts em Antropologia Social (Etnomusicologia) por The Queen's University of Belfast (1978) e Ph.D em Antropologia Social por The Queen's University Of Belfast (1984); pos-doutorado pela Rice University (1995) e pos-doutorado pela University of Florida (1996). Foi Tinker Professor na University of Wisconsin - Madison (1999). Atualmente é professor adjunto 4 da Universidade de Brasília, Pesquisador 1-A do CNPq e Coordenador do PRONEX "Movimentos Religiosos no Mundo Contemporâneo" do Ministério de Ciência e Tecnologia. Seu trabalho como antropólogo se desenvolve na área da Antropologia das Populações Afro-Brasileiras, atuando principalmente nos seguintes temas: religião, teoria antropologica, etnomusicologia, cultura popular brasileira e ações afirmativas para a população negra.
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Marcela Bertelli (facilitadora) ::
Bacharel
Américo Córdula ::
Edna Marajoara ::
Mestra dos Mestres
Cláudio Santana ::
Catarinense criado no
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Betânia Suzuki ::
Sou concluinte do curso de Ciências Sociais pela Universidade Federal do Amapá (Unifap) e quero fazer especialização na linha antropológica. Meu TCC está voltado para a construção da Identidade macapaense, já que é um dos estados criados recentemente, com a Constituição de 1988 e ainda está num processo de formação identitária.
Trabalho como monitora de um curso pré-vestibular voltado para o público negro e pessoas economicamente carentes.
Já trabalhei com o Programa Cultura Viva aqui e com comunidades tradicionais do estado, como ribeirinhos, mulheres, quilombolas e extrativistas. Participei do projeto de Expedições para elaboração do Plano de Manejo do ParNa Cabo Orange e como representante da ONG Instituto de Estudos Sócio Ambientais junto ao FAOR (Fórum da Amazônia Oriental). Participei de discussões sobre Direitos Humanos e DHESCA.
Partilho aqui algumas reflexões. Sempre que escuto 'nós ocidentais' me pergunto: nós quem? Por que nos identificarmos com esse rótulo, se trazemos em nosso imaginário, modo de vida e expressão cultural elementos vários originados de nossas raízes mestiças? Falo do brasileiro comum, que não encontra nas etnias citadas no texto uma identidade única, mas referências múltiplas de suas origens.
Não encontrar uma forma de definir a identidade mestiça, não exige uma adesão a um ou outro modelo, mas nos recoloca a possibilidade de assumir esse lugar mesmo da multiplicidade e da abertura à uma cultura multireferencial.
Como educadora, percebo que a saída do lugar de reprodução do discurso hegemônico eurocêntrico se coloca ao lado da elaboração de nossas referências próprias, ao mesmo tempo em que, como o texto aponta, nos coloca a importância de participarmos ativamente da proteção e promoção das expressões culturais diversas.
Ivone Mello
windzen@gmail.com
1 de Junho de 2007 14:26